As cercas-vivas são usadas para delimitar locais, guiar as pessoas por um caminho, ocultar alguma coisa, manter a privacidade ou ainda para compor um jardim. Existem diversas espécies que podem ser usadas como cerca-viva. Algumas são arbustos, como a bela-emília (Plumbago capensis), mil-cores (Breynia nivosa), esponjinha (Calliandra brevipes), triális (Galphimia brasiliensis).

Outras são árvores, como o fícus (Ficus benjamina), o sansão-do-campo (Mimosa caesalpiniifolia), murta-de-cheiro (Murraya exotica) e a clúsia (Clusia fluminensis).

Mas mesmo havendo a diferença entre arbusto e árvore, a grande maioria tem a sua constituição pré-determinada para apresentar uma arquitetura que lembra uma árvore, ou seja, um tronco lenhoso com ramos na parte superior. Essa ordem é dada pelo hormônio (auxina) que existe nas porções terminal de um ramo.

Quando a finalidade é formar uma cerca-viva, a planta precisa ficar densa, com muitos ramos a mais do que normalmente teria. Para obtermos esse resultado, é necessário primeiramente que seja adquirida uma muda já preparada para esta finalidade ou adquirir plantas menores onde seja possível realizar a poda para educá-la conforme nossa vontade.

Logo após o plantio, no mesmo dia inclusive, faz-se a primeira poda de formação. Usa-se comumente uma tesoura para cerca-viva.

Com a poda das pontas superiores elimina-se a dominância apical. Isso acarreta a redução do hormônio responsável pelo crescimento do ramo principal. Como consequência as plantas aumentam a síntese de hormônios nas gemas axilares e surgem muitos brotos de ramos laterais.

Criarem-se cercas-vivas equivale a transformar completamente a arquitetura de plantas. Através de podas dirigidas procura-se aumentar a formação de ramos para deixar as plantas mais compactas e baixas. Isso recebe o nome de processo ananicante (nanico).

Na ausência podas frequentes, o caule torna-se lenhoso impedindo a brotação de novos ramos. Isto é fácil de acontecer no fícus.

Texto de Rosalba da Matta Machado.Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). Todos os direitos reservados.

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